A conversão de floresta primária para outros usos alternativos do solo vem ocorrendo aceleradamente na região amazônica. Esse processo tem ocorrido em grande parte por conta do desenvolvimento da atividade pecuarista, agricultura em larga escala e de subsistência, exploração madeireira comercial e mineração. Nesse contexto, a fim de promover a conservação dos recursos naturais, o Governo brasileiro adotou o sistema de unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas. Além disso, foram criados instrumentos como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) a fim de mapear e monitorar as propriedades rurais quanto ao atendimento do disposto no Código Florestal brasileiro. Utilizando-se de dados do CAR e produtos temáticos de uso e cobertura da terra oriundos de projetos institucionais federais foram avaliadas duas bacias amazônicas, considerando os princípios de ecologia da paisagem e com o uso de métricas de paisagem. Os resultados apontam duas áreas com características diferenciadas, sendo uma de maior capacidade de conservação de recursos e outra mais fragmentada, além de propriedades rurais de diferentes características e importâncias na conservação de recursos dentro de cada bacia.