Na Costa do Marfim, o cibercrime afecta a sociedade, os indivíduos, as organizações e o governo através da manipulação de opinião, espionagem, terrorismo, assédio, fraude, fraude financeira e outras práticas ilícitas. Tendo estado no centro de todos os debates nos últimos anos, deve ser dito que não só é difícil apontar responsabilidades, mas também que a questão é geralmente abordada de um ângulo relacionado com o vazio legal e um estado geral de anomia. Este livro apresenta-se como um exercício de intelectualização e de apreciação crítica do fenómeno da cibercriminalidade ao pensar sobre ele na história, evolução, apreensão e integração das TIC na sociedade marfinense. Ao fazê-lo, revela que o cibercrime, apesar da relação simbiótica que o liga à tecnologia, é o resultado de uma profunda crise social da qual a população da Costa do Marfim está sofrendo. Esta crise, por extensão, é justamente a raiz do mal que está a corroer a maioria das sociedades da África subsariana e do qual o cibercrime é apenas uma pálida manifestação.