Pernambuco se consolidou nos últimos anos como o principal ponto renovador do cinema brasileiro, destacando-se como polo de produção reconhecido internacionalmente em festivais e pela imprensa especializada. Tal preponderância, contudo, surpreende diante da posição periférica ocupada pelo estado, localizado numa das regiões mais pobres do país. O objetivo desse trabalho é justamente buscar elementos para a compreensão do fenômeno na análise histórica, identificando os agentes e as dinâmicas que contribuíram no longo processo de estruturação do campo cinematográfico em Pernambuco e deram origem a uma sólida tradição fílmica.