O controle da subjetividade no cotidiano do trabalho autônomo
Da sedução à violência dissimulada
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O controle da subjetividade nas organizações caracteriza-se como uma prática de controle da consciência do sujeito, quanto a sua conduta no local de trabalho e na rede social a qual se submete; a organização vale-se de instâncias onde se desenvolvem situações que levam o trabalhador, deliberadamente, a compreensões prontas de sua realidade, modelos nos quais ele deve se ¿adaptar¿. O objetivo da empresa é fornecer aos empregados um projeto de vida que os impilam a dedicarem-se cada vez mais ao trabalho, a identificarem-se com seus resultados e a mobilizarem-se psiquicamente sobre o...
O controle da subjetividade nas organizações caracteriza-se como uma prática de controle da consciência do sujeito, quanto a sua conduta no local de trabalho e na rede social a qual se submete; a organização vale-se de instâncias onde se desenvolvem situações que levam o trabalhador, deliberadamente, a compreensões prontas de sua realidade, modelos nos quais ele deve se ¿adaptar¿. O objetivo da empresa é fornecer aos empregados um projeto de vida que os impilam a dedicarem-se cada vez mais ao trabalho, a identificarem-se com seus resultados e a mobilizarem-se psiquicamente sobre o que ela representa, como forma de garantir sua estabilidade. As práticas organizacionais sob a lógica do capital, ao invés de contribuírem para a conquista e manutenção da dignidade humana, mostram-se diretamente ligadas à precarização social e ao adoecimento dos indivíduos, pois dá continuidade à racionalização extrema dos processos produtivos, enaltecendo padrões que podem levar a terríveis efeitos pessoais aos trabalhadores. A Economia Política do Poder é o principal aporte teórico por meio do qual esta análise será realizada, complementado pela Psicossociologia e Psicodinâmica do Trabalho.
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