Ocupar espaços, possibilitar vivências antes impensadas, criar condições de acesso a todo e qualquer lugar para pessoas com deficiência (física, visual, auditiva, intelectual, dentre outras) é um grande desafio para problematizar as questões de inclusão social. Neste trabalho é descrita uma experiência inovadora, na qual o corpo-cego está em constante interação com a sociedade, tal como fazem os videntes, ¿vendö e participando do mundo de uma forma particular. O sentir, viver, ser e estar é um processo de percepção que ultrapassa as questões de normalidade, e é na diversidade que este modo de inserção social se intensifica. A cada capítulo desse livro desvenda-se a singularidade do corpo-cego na constituição de si mesmo e nas relações com a alteridade. As teorias fenomenológicas e sócio-históricas dão subsídios para compreender o que é ser cego, como o corpo- cego tem consciência de si e do outro, por meio da fruição estética com a arte nos espaços expositivos.