Este trabalho buscou acompanhar o cotidiano de mulheres benzedeiras que praticam a cura com suas orações, com uso de ervas, com o toque de suas mãos e faz com que pessoas de todas as idades, credos e sem distinção social mantenham viva a fé e a prática de benzedura. Pode-se observar que mesmo com os cuidados que os avanços da medicina proporcionam, a procura por estas mulheres se mantém viva; ainda que na periferia e na zona rural deste município. Tendo em vista que este trabalho foi baseado em etnografia, pesquisa de campo e o meu envolvimento com as senhoras benzedeiras de Jaguarão, cidade que compõe a região do Pampa na fronteira com Uruguai, sempre buscando e atentando para o saber secular que perdura entre os mais experientes. Foi assim que buscou-se registrar a cultura e o saber, não deixando que se perca o conhecimento que a experiência do outro pode acrescentar ao mundo.