O debate sobre a história da origem do trabalho batista no Brasil ocupou espaço significativo no cenário das assembleias da Convenção Batista Brasileira durante os anos 1960-1980. A liderança do Pr. José dos Reis Pereira indicava que em 1982 os batistas brasileiros celebrariam 100 anos de história no Brasil. Por outro lado, Betty Antunes de Oliveira, esposa de um pastor batista, defendia que o centenário dos batistas deveria ser comemorado em 1971, tendo em vista a pesquisa que fizera sobre o tema durante anos de sua vida. Embora estivesse munida de provas irrefutáveis, Betty não teve a sua proposta aprovada pela liderança da Convenção Batista Brasileira, majoritariamente masculina. O centenário foi então celebrado em 1982 na Bahia, conforme sempre desejou o Pr. José dos Reis Pereira. Por que a tese de Betty Antunes de Oliveira não prevaleceu? Esta obra procura analisar a trajetória desse debate e revelar os conflitos de gênero e poder nos bastidores da Convenção Batista Brasileira nos anos 1960-1980.