Para defender a pesquisa tivemos primeiro que demonstrar que a solidariedade é um sintoma do capitalismo e depois que o desejo do analista é um dos nomes do amor. Sobrevoamos a história desde o feudalismo (século XIII) e suas consequências (século XIV), até o final do século XX, quando o neoliberalismo intensificado a partir de 1960, levou ao sucateamento das políticas públicas do Estado Do Bem Estar Social. Apresentamos o movimento solidarista (século XIX) que buscou fazer um equilíbrio entre o individualismo liberal e o coletivismo marxista, apostando na solidariedade social como forma de amenizar as mazelas trazidas pela lógica mercantil. Demonstramos que a solidariedade é um tipo de amor que, no melhor dos casos, se baseia na tolerância do diferente, mas nega a alteridade do outro. A defesa do desejo do analista como um dos nomes do amor é feita apresentando o amor e suas dimensões na filosofia e na psicanálise. Apresentamos o conceito de gozo, distinguindo-o do amor, destacando as virtudes de um ¿santo lacanianö. A formalização de um matema deste amor posto em ato, serviu para mostrar o desejo do analista como o nome de um novo amor, diferente de Eros, Philia e Agape.