Milhões de pessoas praticam desporto em todo o mundo pelas mais variadíssimas razões e motivações. A questão que impera é: porquê? Porque é que o desporto contemporâneo assume um papel central ¿ diríamos mesmo decisivo - nas sociedades humanas? Porque é que o ser humano necessita de exercício físico para ter vitalidade físico-cognitiva, e porque é que, sem desporto, atrofia e sucumbe? Esta obra responde a estas questões em torno de 3 ideias: 1) O desporto contemporâneo é a materialização de representações monistas-naturalistas do problema corpo-mente; 2) O desporto contemporâneo possui uma função terapêutica e preventiva, nascida no século XIX como resultado de um conjunto de sentimentos espoletados nesse período em torno na natureza humana; 3) o ser humano é um homo athleticus ¿ uma criatura programada pela evolução para caçar através da corrida e da criatividade. Em suma, o desporto é uma manifestação homeostática que visa, fundamentalmente, providenciar meios exógenos ao organismo para encontrar formas de potenciar uma mais eficiente regulação física e química do seu interior e, assim, aumentar as hipóteses de sobrevivência.