Este estudo analisa o direito ao regresso dos refugiados e das pessoas deslocadas. Após uma panorâmica histórica, o autor começa por interpretar o direito ao regresso consagrado na Carta Internacional dos Direitos Fundamentais. É defendido que existe um apoio crescente a um direito de regresso alargado, aplicável aos casos em que é reivindicado por grupos maciços de pessoas, mesmo quando se trata de não nacionais. A segunda parte do artigo centra-se no direito ao regresso na prática. Será avaliada a aplicação do direito de regresso no Médio Oriente e no Kosovo. São propostos argumentos a favor do direito de regresso dos palestinianos. Este direito não deve ser objeto de negociações políticas. O exemplo do Kosovo serve para ilustrar a prática internacional do Kosovo, onde o direito ao regresso foi claramente articulado e aceite. O livro conclui-se com o argumento de que a passagem do tempo entre a criação do problema dos refugiados e a sua resolução não deve negar a existência do direito ao regresso.