Este livro debruça-se sobre o papel do direito fundiário consuetudinário na gestão sustentável das terras agrícolas. O objetivo é descobrir como os costumes organizam a distribuição e a utilização das terras e verificar a existência de práticas agrícolas sustentáveis. Os dados recolhidos e tratados conduziram aos seguintes resultados: A terra é propriedade colectiva, sendo a propriedade individual da população local por herança e adesão. Em Yalosuna, os não nativos têm acesso à terra principalmente através de aluguer ou doação. Em Lilanda, a compra e o aluguer são os principais métodos de acesso à terra para os não indígenas. A agricultura de corte e queima é praticada em pequenas superfícies (0,3 a 2 ha) durante ±3 meses, por vezes 1 ou 3 anos. Este curto período de exploração é justificado pela necessidade de ganhar novas terras para a posteridade, sendo a perda de fertilidade apenas uma consideração secundária. As comunidades deixam as árvores no campo. No entanto, estas árvores são frequentemente deixadas por outras razões que não a gestão sustentável. A grande maioria dos entrevistados não planta árvores, exceto aqueles que receberam mudas do projeto REDD.