Nas últimas décadas, a investigação sobre as empresas familiares tem vindo a aumentar e a aprofundar-se no âmbito de vários estudos académicos e empíricos. A grande importância desta categoria de empresas não é acidental, decorre do seu impacto nas economias dos países, graças à sua participação significativa na criação de valor, no emprego e no nível de investimento que gera. Estes estudos procuram também identificar as diferentes formas de funcionamento, organização, transmissão e desempenho. A participação dos membros da família na propriedade e na gestão da empresa unifica a propriedade e a gestão. Reduz os custos de organização, e mesmo os custos de agência (Fama e Jensen, 1983), e aumenta o efeito altruísta. Este carácter específico da empresa familiar, que se manifesta através da sua vertente socioeconómica, indica que o capital social desta categoria de empresa visa explicar as diferenças de comportamento dos agentes económicos no seio da estrutura familiar em relação a outras estruturas. Trata-se de um sistema mais amplo, que engloba tanto variáveis económicas como sociais.