Este empreendimento intelectual marca um ponto de paragem no nascimento dos partidos políticos nos Camarões durante o período colonial e observa que eles nasceram de uma liga de factores exógenos e endógenos sob o controlo do colono que destruiu todos os desejos nacionalistas de impor uma independência artificial. Depois de conquistar a independência, os Camarões mergulharam numa ditadura (1966-1989) impondo um partido único sob o reinado do Presidente Ahidjo. O regresso à democracia em 1990 não trouxe grandes mudanças porque o sistema político criou um monopólio político em torno do Partido-Estado e os outros partidos são apenas figurantes. A reflexão levantada é compreender melhor a imobilidade política, a fragilidade dos partidos políticos e a ausência de alternância política nos Camarões. A análise propõe possíveis soluções para o advento de uma nova república através da força da organização partidária.