Num ambiente social americano em crise, que herdou o sistema patriarcal e o moralismo rigoroso dos puritanos do século XVII, como deve o feminismo ser visto como um movimento e uma estratégia de luta pela emancipação total das mulheres, supostamente vítimas da falocracia ou do machismo institucional? Por outras palavras, neste contexto de crise social, será o feminismo um simples movimento de reivindicações sociais ou antes uma rebelião contra o sistema patriarcal? A relevância deste tópico reside no facto de permitir um julgamento da direcção tomada pelas feministas num ambiente social onde tudo já está pré-estabelecido em termos de normas sociais. Estas investigações baseiam-se em três eixos essenciais. O primeiro aborda os conceitos de norma e feminismo afro-americano. O segundo eixo analisa o estatuto social da mulher afro-americana numa sociedade macho-americana. O último eixo trata da problemática, o questionamento do alcance das acções levadas a cabo pelos seguidores do feminismo negro radical, em particular.