O governo de Hugo Chávez se propôs a refundação do Estado venezuelano, através de um processo de elaboração de uma nova constituição e com base numa retórica nacionalista e bolivariana, que pretendia transformar radicalmente a estrutura econômica, mas acabou sendo limitado pela força da permanência do legado institucional do país construído sobre a dependência do petróleo e a lógica rentista. Para tanto, nos utilizamos de autores que trabalham com a dimensão institucional do desenvolvimento econômico e se preocupam em explicar porque diante de condições materiais parecidas ocorrem resultados bastante diferenciados no que se refere ao nível de desenvolvimento econômico alcançado. A resposta estaria nas trajetórias distintas de construção institucional, já que há arranjos que incentivam os atores a produzir e inovar, enquanto outros estimulam ações improdutivas e parasitárias. Nesse sentido procuramos mostrar que as instituições construídas ao longo do tempo na Venezuela, essencialmente, incentivaram a lógica rentista entre os atores sociais, dos empresários aos sindicatos. A despeito de toda a retórica de ruptura o governo Chávez não conseguiu romper com esse legado institucional.
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