Quando o sujeito é exposto a um discurso verbal ou visual, logo se apreende, pelo modo de vestimenta, pelos comportamentos, pela gestualidade e pelos modos de sua manifestação, a que grupo ele pertence ou a que grupo ele se filia. Os seus modos de ser e estar em meio à sociedade se concretizam por meio do discurso construído através dos fragmentos das instituições que regem o seu fazer. Esses fragmentos nos possibilitam entrever o efeito de espontaneidade e de liberdade da qual o sujeito faz uso. Propõe-se, neste trabalho, conciliar as duas áreas, Moda e Literatura, baseando-se em estudos veiculados à enunciação, respaldados no que se denomina, em semiótica, percurso gerativo de sentido. Este trabalho busca entender os procedimentos que fizeram com que o corpo fosse utilizado como objeto de significação da Moda, a exemplo dos editoriais de moda aqui analisados, considerando o corpo como um grande gerador e veiculador de significação. Objetivou-se, então, identificar os aspectos intersemióticos utilizados na construção editoriais, nos quais, recuperam-se as narrativas dos textos que serviram de base por meio do procedimento da denominada, tradução intersemiótica.