Vinte e quatro anos após a guerra civil na Somália e em pleno século XXI, a Somália continua a debater-se com uma das principais consequências das forças sociais da democratização e da globalização, que colocaram em evidência as questões relativas aos jovens. Este facto decorre do reconhecimento pelos governos nacionais de que a juventude é, sem dúvida, a vanguarda da mudança social através do conflito interno na Somália. Assim, este documento examina o lugar da intervenção dos jovens na participação política e no processo de desenvolvimento, bem como no conflito interno na Somália. Como parte interessada dominante neste livro, os autores deste artigo consideram que a juventude reflecte os receios, as ansiedades e as expectativas da sociedade civil. O estudo utilizou a abordagem documental concebida para avaliar opiniões informadas na literatura existente e em documentos oficiais da Organização Internacional Não Governamental na Somália. O quadro teórico adotado é o funcionalismo estrutural da juventude, que baseia a sobrevivência de qualquer sociedade no pré-requisito funcional das estruturas que a compõem.