Nos seus primórdios, a psicologia científica se ocupava da experiência mental consciente. Foi só com o advento da Psicopatologia e, mais à frente, da Psicanálise Freudiana, que o inconsciente passou a ser estudado de maneira ostensiva. Essa constitui, entretanto, apenas uma parte da evolução sobre as ideias acerca do inconsciente. Vários foram os filósofos que, antes de Freud, abordaram o conceito de processos não-conscientes. Contudo, dentre esses autores aquele que mais se destacou pela sua aproximação com a teoria psicanalítica foi o filósofo Arthur Schopenhauer. A filosofia de Schopenhauer pode ser considerada importante referência no estudo das relações entre a psicanálise e a filosofia. O propósito central deste trabalho é justamente o de revisar os principais conceitos da obra de Schopenhauer que nos remetem, de uma maneira ou de outra, à noção freudiana de inconsciente, explorando seus antecedentes na filosofia.