O presente livro parte da necessidade de criar subsídios para uma prática clinica mais afinada à patologias ligadas ao desenvolvimento infantil, como por exemplo, o autismo. Nele será apresentada uma investigação, amparada tanto pela filosofia, quanto por pesquisas relacionadas ao desenvolvimento infantil, que tem como objetivo delimitar um possível intercâmbio afetivo, disponível nas relações interpessoais desde o nascimento, como a manifestação mais primitiva da intersubjetividade e da possibilidade de compartilhar uma experiência. Será explorada ainda a participação desse intercâmbio nos processos de identificação e diferenciação entre os seres humanos, como precursor dos comportamentos de atenção compartilhada e como o primeiro veiculo da linguagem. Essa investigação parece ser especialmente relevante para profissionais que de maneira teórica ou clínica estão em contato com desenvolvimento infantil.