Desde os ataques de 11 de Setembro de 2001 nos EUA, tem havido um aumento considerável de actos violentos na cena internacional e regional, com base em justificações islâmicas. Estes actos violentos são referidos por muitos investigadores como ameaças assimétricas ou novas, ou seja, ameaças entre grupos terroristas violentos e Estados. Alguns autores como (Jurgenmeyer, 2003) falam do ressurgimento do factor islâmico nas reivindicações políticas, culturais, ou baseadas na identidade. Mayer (2005) nota também um ressurgimento de fundamentalistas e a importância ainda central da religião nos conflitos nacionais e regionais. Não há comunidade humana sem religião. E como René Dumond correctamente observa, "as notícias diárias mostram o impacto das crenças religiosas no comportamento... e os factores religiosos continuam a ser um dos principais factores no comportamento colectivo, bem como no comportamento individual". Assim, a religião, podemos acrescentar, tem uma relação necessária com a história das ideias políticas e com a política em geral.