A revelação divina pela encarnação do verbo de Deus nos coloca frente à revelação do humano. Desde este evento salvífico, a humanidade de Jesus, traz sentido à nossa humanidade. Jesus de Nazaré encurta distâncias outrora abissais entre o divino e o humano, e se apresenta como paradigma e origem da nova família humana. Um retorno à sua história, sua práxis e mensagem, é uma retorno à origem e alicerce de nossa fé. A palavra de Deus tomou corpo e trouxe libertação e esperança para os que já estavam perdidos aos olhos de toda uma sociedade opressora. Palavra questionadora, incômoda, que encontra, portanto, resistência e oposição, terrenos pedregosos e espinhosos. Jesus de Nazaré morre, mas não seu anúncio. Este se perpetua pela ação de seu espírito na comunidade cristã, no anúncio do ressuscitado e através de ações concretas de justiça, solidariedade, partilha e compaixão pelos "pequenos de Deus". O homem é resgatado dos poderes do "anti-Reino" e inserido na realidade escatológica de um mundo em que Deus finalmente possa reinar. A ressurreição é vista pela comunidade como a concretização desse reino que por Jesus de Nazaré se historicizou.