O livro analisa o mito de Don Juan sob a perspectiva junguiana do arquétipo e faz um perscurso histórico-literário das transformações deste mito, dentro do gênero dramático espanhol. O período do estudo inicia-se no denominado ¿Século de Ouro¿ até a chamada ¿Idade de Pratä da literatura espanhola. As obras dramáticas fundamentais que compõem o corpus são: El burlador de Sevilla y el convidado de piedra (1630), de Tirso de Molina, a qual inaugurou o mito literário do sedutor de mulheres, e No hay cosa como callar (1639), de Calderón de la Barca, ambas do período do Siglo de Oro. Na sequência, há a versão dramática do mito em No hay plazo que no se cumpla ni deuda que no se pague y convidado de piedra (1713), de Antonio de Zamora; posteriormente, destaca-se e provém do período do Romantismo espanhol a peça Don Juan Tenorio (1844), de José Zorrilla; e finalmente, como representativas da Edad de Plata, há as obras teatrais da Geração de 98, por meio de Las galas del difunto (1926), de Ramón del Valle-Inclán e El hermano Juan o el mundo es teatro (1929), de Miguel de Unamuno. Imperdivel para quem quer aprofundar sobre a história deste mito e o teatro espanhol, sob a teoria de Jung.
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