O presente estudo constitui a realização de um projeto teórico em torno da obra clássica Antígona de Sófocles e de sua versão contemporânea, a de Jean Anouilh. O objetivo principal foi demonstrar, através do estudo comparativo de uma obra clássica e de sua releitura moderna do gênero trágico, que a concepção trágica, é uma tragédia irreversível, ou seja, a ação trágica da história. Apontando as divergências principais entre as duas, peças, e dentro delas, as características de composição de cada Antígona. Apresentam-se ainda as cenas escolhidas e suas respectivas justificativas de escolha, para explicar com detalhes o fato ocorrido "a tragédia". Concluiu-se que as reescritura do texto sofocliano não só emprestam novos contornos a Antígona, como também provocam uma reflexão instigante quanto ao lugar do trágico e da tragédia no mundo moderno assolado pela guerra. As novas faces de Antígona delineadas em Antígone e Antígona de Sófocles são também novas faces do trágico, possíveis pela recontextualização do mito clássico. Portanto, neste livro, foram apontadas algumas dessas novas faces surgidas a partir do resgate de uma figura mitológica em tempos de destruição da humanidade.