Este livro pretende resgatar a subjetividade, a espiritualidade da pessoa humana, quaisquer que sejam as posições científicas ou não científicas que pretendam defini-la e caracterizá-la. A subjetividade constitui pelo menos metade do destino do homem. A saúde desta subjetividade determinará a possibilidade de bem-estar, de realização de projectos, de sustentação de valores, de partilha da felicidade. Hoje, devemos reagir contra a aplicação de uma ciência excessivamente analítica e mecanicista que biologiza demasiado a alma mas, ao mesmo tempo, tentar não cair no oposto arriscado de psicologizar o físico ao extremo. O objetivo da medicina não é produzir patologia, mas curar ou melhorar os doentes, mesmo que muitos tratamentos tenham pouca relação com os fenómenos mórbidos e as suas explicações. O restabelecimento das ciências do espírito e das relações de toda a vida deve fazer sempre parte dos fundamentos de uma medicina holística das pessoas. O mundo exterior e o mundo interior estão inseparavelmente ligados no nosso cérebro.