Este trabalho investiga na obra de J.M.Coetzee - Desonra (1999), A Vida dos Animais (1999), Elizabeth Costello (2003) e Homem Lento (2005) - a maneira como a produção ficcional e suas relações com a cultura e a sociedade apontam para novos paradigmas que se impõem ao homem contemporâneo. Desse modo, a investigação desenvolve-se em torno de três eixos temáticos: a crise de representação que se agudizou nos últimos anos do século XX; a crise de valores que se inscreve neste contexto, cenário em permanente desestabilização das subjetividades e das marcas identitárias, e a maneira como essa crise desdobra uma reflexão à luz da arte literária, em cuja representação se configuram a visão de um mundo opressivo e anárquico e a necessidade de se estabelecer novos padrões éticos. O método utilizado é o da sociologia crítica da cultura, iluminado pelo pensamento da filosofia na medida do necessário e do possível. A pesquisa procura mostrar como a crise de representação do sujeito, condicionada ao esvaziamento da crença em um projeto utópico, desdobra-se na reflexão de uma nova base ética que conduza "as escolhas" do século XXI.
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