Os mitos explicam às pessoas como viver com o tempo, e não contra ele. São a chave para preservar a memória histórica e construir a continuidade das épocas, como, por exemplo, a modernidade foi seguida pela pós-modernidade e depois pela metamodernidade.A actual ordem política do metamoderno é caracterizada por uma combinação de mitos políticos opostos (pelo exemplo da coexistência harmoniosa do mito da globalização e do mito da identidade) e pela criação de novas construções mitológicas como a imagem pré-eleitoral de Macron, "o candidato de todos os franceses". O metamodernismo traz para o primeiro plano a questão da harmonização dos opostos na agenda política actual."A flutuação é a ordem natural do mundo", proclamou Turner no manifesto metamodernista. Assim, o papel dos mitos políticos é estruturar, explicar, combinar diferentes significados e simplesmente ser lembrado na consciência de massa, apesar da oscilação generalizada.