Este livro analisa a relação entre ideologia e arte moderna a partir do problema marxiano da aparente autonomia dos produtos do espírito humano na sociedade burguesa. Para tanto, aborda-se a questão da ideologia em Marx, bem como a "atualização" que Adorno faz do conceito a fim de descrever um fenômeno próprio do capitalismo tardio, onde os produtos do espírito humano se caracterizam mais pela falta de autonomia do que pela aparente autonomia frente à realidade. Nesse contexto, a arte autônoma se apresenta como uma esfera da produção espiritual capaz de resistir e oferecer parâmetros críticos à ideologia no capitalismo contemporâneo.