No Brasil, os ideais de liberdade exigiram do povo negro diferenciadas práticas para romper com o sistema escravista. Eram as rebeliões em navios, os atos de infanticídio, os justiçamentos dos feitores, as revoltas, além de participações em movimentos religiosos, libertários e formações de quilombos. No subúrbio baiano, século XIX, o Quilombo do Urubu representou a insistência em garantir a condição humana que o regime escravista negava às mulheres, aos homens, jovens e às crianças negras. A líder Zeferina, inconformada com a exclusão social de seu povo negro e, entusiasmada pelo poder de herança de ancestralidade, pelo conhecimento de raiz da cultura matrilinear angolana, pelo profundo conhecimento histórico de resistência da rainha Nzinga Mbandi e pela tradição de quilombolas e guerreiras, viveu e lutou pelo sonho de liberdade. Hoje, a chama desse poder é mantida acesa pela comunidade de Pirajá e arredores, enquanto referencial de resistência negra na luta contra as exclusões sociais vigentes.
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