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O povo Kuwong, descrito como irredutível, é pouco conhecido dos etnólogos e antropólogos. É um dos povos mais fechados a qualquer crença exógena, nomeadamente ao Islão, num país predominantemente muçulmano como o Chade. Os linguistas efectuaram alguns estudos breves sobre este povo. Os estudos sobre a sua recetividade ou resistência às crenças monoteístas são quase inexistentes, exceto sob a forma de artigos. O problema abordado no livro é o da apropriação da fé muçulmana e da adesão dos Kuwong a esta fé sob a hegemonia Baguirmi. A partir da primeira metade do século XIX, os Baguirmi estenderam a sua influência à parte sul do Chade, à qual pertence o povo Kuwong. O preconceito e os estereótipos culturais, tribais e étnicos obscureceram o desenvolvimento e as potencialidades deste povo. O livro analisa as razões desta resistência, partindo da ideia de que os constrangimentos culturais e tradicionais, o desprezo, a discriminação e a estigmatização são as causas da resistência dos Kuwong nas diferentes fases da sua baguirmização.