Empreende-se aqui uma viagem analítica pelo desenvolvimento da cor nas quatro primeiras décadas do cinema. Num retrospecto histórico, o professor Paulo Barbosa percorre os principais procedimentos para se realizar produções coloridas, de 1892 até 1935. Para tanto, examina vasta filmografia, observando como o elemento cromático evoluiu e foi problematizado pelos realizadores do período. Nesse movimento, Barbosa aponta para uma dúplice função da cor nas imagens em movimento: de um lado, dissociada da forma, comporta-se como um recurso de pura sensualidade visual. De outro, ligada à imagem, apresenta-se como um fator de analogia com a realidade visível. Com base nessa dialética, o autor extrai suas conclusões, propondo um paralelo entre as experiências cromáticas do passado e aquelas presentes no cinema de hoje, potencializado pela tecnologia digital.