O aumento dos acidentes vasculares cerebrais em Portugal e por todo mundo ocidental, apesar de nas últimas décadas se apostar em campanhas sistemáticas na prevenção, conduz a que esta doença continue a representar uma das principais causas de mortalidade e morbilidade a nível mundial, com impacto a nível pessoal, familiar, social e económico das sociedades. A produção de conhecimento, e a investigação na área das transições que apresentamos, visa sobretudo compreender áreas centrais da enfermagem, e que se constituem altamente sensíveis aos cuidados de enfermagem de reabilitação. Falámos na pessoa com AVC com dependência para os autocuidados e no cuidador informal no assumir do ¿novo papel¿. Neste contexto, emergiu o presente estudo que tem como objetivo principal compreender o processo de transição do cuidador informal da pessoa com AVC e a intervenção do enfermeiro de reabilitação, contribuindo para uma melhor prática de cuidados favorecedora de uma transição saudável, com ganhos positivos para os envolvidos. Inevitavelmente a produção de conhecimento nesta área conduzirá a novas perspetivas do cuidar. O desafio é sermos facilitadores em todo o processo de transição.