Se a comunicação é um processo de criação de um entendimento partilhado - porque é que o discurso em torno da erradicação da mutilação genital feminina teve pouco ou nenhum impacto nos últimos 15 anos? Embora a MGF possa ter subido na agenda política com mais cobertura mediática, as raparigas em todo o mundo continuam a ser sujeitas a esta prática perigosa. Qual é o traço comum? E como é que a erradicação pode ser feita de forma mais eficaz? Este livro estabelece uma base para considerar a MGF através do relato pessoal de uma mulher circuncisada, para além da lente da política de identidade cultural. Ao considerar a forma como as pessoas reproduzem conceitos de 'identidade' através da história e das práticas culturais, é possível determinar porque é que a MGF continua a prosperar apesar das políticas legais e sociais que encorajam a sua erradicação. Sugiro uma nova abordagem, utilizando técnicas modernas de marketing e comunicação para conceber uma narrativa de erradicação que envolva eficazmente todos os públicos, incluindo os 'homens' como atores-chave e influenciadores dentro da estrutura de poder socioeconómico que impulsiona esta prática medieval.