Há uma passagem no romance Amar, verbo intransitivo na qual se pode destacar a escolha pelo diminuto, o ¿sublime pequenino¿, concepção de Mário de Andrade acerca da tradição barroca brasileira de Aleijadinho diante da monumentalidade do Barroco europeu. Trata-se da descrição de Elza, na obra, classificada pelo próprio autor paulistano como ¿idílio¿ e não como ¿romance¿, trecho em que um ¿descritor¿ compõe a representação da personagem alemã por via de dois quadros de Rembrandt, somados às referências dos escultores gregos Scopas e Lísipo, e à sensualidade de Lucas Cranach. Tal descrição evidencia um Mário de Andrade teórico na obra de ficção marcada pela incidência informal da empatia worringeriana como identificação cultural entre o deformismo da vanguarda alemã e o Barroco brasileiro. O Retrato de Elza capta a identidade da arte brasileira em uma personagem estrangeira e ¿fotografä a união de literatura e artes plástica sob os impactos da sensorialidade modernista.
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