A semiótica e os estudos da visualidade são um campo fértil para o exame da imagem em movimento. Quando aliados ao estudo do ritmo e do cinema contemporâneo de massa, agregam recursos para a apresentação das possibilidades de sentido da sétima arte. Nessa direção, os objetos analisados neste livro são os filmes de maior bilheteria entre 2001 e 2010. A fim de examinar a estrutura de filmes como "Avatar", "O senhor dos anéis", "Piratas do Caribe" e "Toy story 3", será preciso entender as partes do filme na qualidade de sequências passíveis de segmentação. A esse respeito, os estudos do ritmo contribuem para a compreensão dos efeitos de sentido das imagens, seja por meio de planos-sequência (que constroem ritmos mais brandos), seja por meio de planos em corte, típicos do cinema hollywoodiano, fato que confere mais aceleração ao ritmo do cinema. Para complementar o estudo do ritmo, a semiótica plástica confere um estudo sobre a visualidade, pois oferece caminhos para o estudo da imagem, por meio de categorias plásticas (cromáticas, eidéticas e topológicas), como a relação entre as cores, saturação e brilho, as regularidades e irregulares das formas e a disposição da imagem em planos.