Brasil e Alemanha, a partir do primeiro decênio do século XXI, iniciaram um novo ciclo em seu relacionamento bilateral. Além das fortes ligações históricas, socioculturais e comerciais, resgatou-se com maior intensidade a cooperação em áreas estratégicas, identificada em momentos anteriores. Essa mudança de orientação só foi possível devido ao contexto internacional contemporâneo. O sistema mundial alcançou hodiernamente uma configuração geopolítica que concede maior margem de manobra aos Estados em relação ao poder hegemônico, resultado das transformações ocorridas ao longo da década de 1970. Aproveitando essa brecha, Brasil e Alemanha, em busca da concretização do projeto de potência nacional adotaram uma postura voltada para a promoção do desenvolvimento e para uma inserção internacional mais autônoma.