A configuração das sociedades africanas mudou consideravelmente após a grande expansão marítima européia. O Reino do Congo não foi exceção, seu território se tornou palco de um intenso processo de trocas entre a cultura local e a cultura ocidental através de Portugal por cerca de cinco séculos. A religião cristã foi desde o início uma das principais ferramentas culturais adotadas nesse embate o que consequentemente alterou o quadro religioso no Reino do Congo. Seu processo de implementação gerou três diferentes reações por parte da população congolesa: uma de aceitação, outra de rejeição e ainda uma intermediária de adaptação constituída por elementos de ambas as culturas. Essa terceira reação corresponde ao sistema religioso Kingunza, o qual defende: a) o diálogo com a cultura ocidental; b) salvaguarda das heranças africanas e c) liberdade espiritual, política e econômica de África. O ngunzismo hoje se manifesta em ramificações diferentes, sendo uma delas a Kingunza/dmna. Nossa pesquisa incidirá na presença dessa vertente no intenso campo de disputas ideológico-religiosas da sociedade angolana contemporânea.
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