Essa dissertação expõe o trajeto do cinema produzido em Pernambuco da Retomada de sua produção, na segunda metade da década de 1990, até meados de 2012, quando o setor consegue consolidar um edital de financiamento (Funcultura) para as suas realizações e paralelamente instituíram-se alguns mecanismos simbólicos que contribuíram para consolidar este novo ciclo, a pós-Retomada, são eles: a cinefilia e a "brodagem". Por se tratar de uma cinegrafia fora do eixo Rio-São Paulo, o cinema realizado em Pernambuco erigiu uma dinâmica muito particular. Nesta há o entrecruzamento de uma base material, a consolidação do Funcultura, com duas práticas simbólicas em retroalimentação: a cinefilia e a "brodagem". Neste quesito, buscamos não sobredeterminar a perspectiva material sobre a simbólica. Com isso, seguimos o trajeto da cinefilia em comunicação direta com a "brodagem", salientando como estas duas lógicas pressionaram os governantes para constituírem um fundo de financiamento separado das demais linguagens artísticas do Estado. Neste sentido, buscamos traçar a trajetória desta cinegrafia e sua dinâmica, investigando não apenas os matizes externos como os internos às obras - filmes.