O traje tradicional, embora ainda não tenha saído das instalações, está hoje em dia guardado nos roupeiros. Sai apenas durante as cerimónias e recepções tradicionais. Já não é a estrela de galas, nem a pompa de grandes dias e belas noites. Tornou-se quase obsoleto e já não é o traje da época actual. Isto levou-nos a pensar por que razão, em tão pouco tempo, desde 1912 até aos nossos dias, o traje ocidental, que deveria recordar aos marroquinos as memórias nocivas da colonização, e que deveria sair de cena imediatamente após a independência em 1956, conquistou, pelo contrário, um grande público, fascinou tantas mentes e espaços? Que futuro tem reservado para si num Marrocos que está a caminhar para o modernismo e a adaptar novos modos de vida? Será que a globalização conseguirá impor "o seu" traje padrão e destituir este traje para sempre? Haverá um traje "tradicional" no futuro, dada a grande expansão da moda, as novas tendências criativas dos jovens estilistas e designers marroquinos que estão constantemente a substituir o tradicional pelo evolutivo e este último por cortes ainda mais modernos.