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O presente estudo analisa os fatores que intervém no uso de bebidas alcoólicas entre os Krahô, um povo indígena cuja língua pertence ao tronco linguístico Macro-Jê e que vive ao norte do Estado de Tocantins. Neste contexto os contornos associados à drogadicção ¿ isto é, à linha de fuga individualizada em relação aos códigos sociais vigentes, recaindo na reterritorialização conhecida como dependência ¿ não são preponderantes, embora existam outros efeitos problemáticos ligados a este fenômeno. Através dos levantamentos de campo e das pesquisas bibliográficas realizadas, constatei que o álcool é…mehr

Produktbeschreibung
O presente estudo analisa os fatores que intervém no uso de bebidas alcoólicas entre os Krahô, um povo indígena cuja língua pertence ao tronco linguístico Macro-Jê e que vive ao norte do Estado de Tocantins. Neste contexto os contornos associados à drogadicção ¿ isto é, à linha de fuga individualizada em relação aos códigos sociais vigentes, recaindo na reterritorialização conhecida como dependência ¿ não são preponderantes, embora existam outros efeitos problemáticos ligados a este fenômeno. Através dos levantamentos de campo e das pesquisas bibliográficas realizadas, constatei que o álcool é uma substância associada ao xamanismo desses Timbira, criando uma forma de devir relacionada ao desejo de não ser Timbira (Krahô), a um ser cupen (homem branco). Assim, os problemas decorrentes da utilização das bebidas alcoólicas ligam-se a um descomedimento no consumo, o qual propicia uma experimentação das relações sociais exteriores ao socius Timbira ¿ isto é, vinculada às formas de existência da sociedade colonial brasileira. O paradoxo desse processo é que o xamanismo Krahô permite uma experimentação desse processo que impede o esgarçamento das relações sociais próprias a este povo.
Autorenporträt
Graduado em Ciências Sociais pela Unesp (1997), com mestrado (2001) e doutorado (2008) em Ciências Sociais (Antropologia) pela PUC-SP. Docente da EFLCH da Unifesp, com pesquisas em Etnologia Indígena e em Teoria Antropológica, nos seguintes temas: povos autóctones (Kaingang, Krahô e Maxakali), colonialismo, violência e uso de bebidas alcoólicas.