Nesta era pós-bipolar, em que a sociedade mundial assiste a uma dinâmica plural de actores multiformes empenhados sem restrições numa geopolítica do poder, as organizações internacionais continuam a ser indiscutivelmente os órgãos reguladores do processo de decisão internacional. A este respeito, as organizações internacionais formam quadros nos quais, através da diplomacia multilateral, se determina a ordenação da paz e da segurança internacionais. Daí a importância de submeter este fenómeno vital a uma teorização jurídico-política, condição útil para o estudo científico de qualquer organização internacional no mundo contemporâneo.