Nossa questão central era verificar de que maneira os estudantes organizam seus conhecimentos em ação para construir a noção de tempo relativo e como utilizam essa noção para reconhecer as situações onde ela é necessária para resolver os problemas apresentados. Para isso, foi aplicada uma sequência didática cuja ênfase estava no estudo da relatividade do movimento e como o aparecimento da Teoria da Relatividade exigiu uma mudança no estatuto epistemológico do tempo. O quadro teórico foi a Teoria dos Campos Conceituais de Gérard Vergnaud. Promovemos uma articulação entre as ideias de Vergnaud e a formulação de esquema em Piaget, assim como utilizamos as pesquisas deste último sobre a construção da noção de tempo. Analisamos as trajetórias cognitivas de estudantes no processo de construção do tempo relativo. Assim, investigamos a evolução dos invariantes operatórios utilizados pelos estudantes. Concluímos que a compreensão do tempo relativo está ligada a um quadro mais amplo, que engloba as noções de movimento e velocidade.