Nos Camarões, o reflexo da segurança defensiva levou à criação de comités de vigilância, que trabalham ao lado das forças de defesa na luta contra a insegurança. Estes comités de vigilância adquiriram uma "identidade de papel" que os torna forças auxiliares na política de defesa popular. São figuras-chave na luta contra a insegurança no Norte dos Camarões e o seu papel é muitas vezes posto em causa. O objetivo deste livro é analisar o estatuto e o lugar atribuído a estes actores no sistema de segurança. Serão eles "funcionários públicos de facto", ou seja, forças de reserva do sistema de segurança nacional, tendo em conta a benevolência que lhes é concedida pelas autoridades públicas? Ou são simplesmente colaboradores excepcionais do exército numa crise de segurança? O que é que lhes pode acontecer depois de uma crise de segurança? Este livro tenta esclarecer estas questões.