O nosso estudo demonstrou que o perfil do funcionário eleito minoritário não é realmente diferente do do funcionário eleito local no poder, embora deva ser feita uma distinção entre os profissionais políticos colocados na minoria após uma derrota política e os noviços. Estes oficiais eleitos pugnativos têm de lutar durante todo o seu mandato para que os seus direitos sejam respeitados. De facto, o processo de tomada de decisão ainda não está muito realizado, é transparente e marginaliza o papel dos comités. Contudo, o exercício continua a ser formativo, forçando os funcionários eleitos a variar os seus repertórios de acção: competição na definição da agenda quando os funcionários eleitos são capazes de coordenar ou ter recursos suficientes, e desafiar a liderança do presidente da câmara para além do conselho municipal. A mobilização de registos de acção no âmbito da Câmara Municipal é também propícia ao desenvolvimento de qualidades pessoais e à apreensão de novas competências. No início de uma nova "onda de descentralização" combinada com a afirmação de novos actores na definição de políticas públicas, o papel do representante eleito minoritário no conselho municipal encontra-se num ponto de viragem.