O trabalho intelectual é possuidor de suas problemáticas endógenas as quais podem ou não contribuir para a sua crítica autocrítica. Por crítica autocrítica entendemos o exercício que faz o intelectual (especificamente os historiadores) que postula considerações epistemológicas permitindo-se auto-avaliar e também ser avaliado, ou seja, criticado pelo outro sem o embargo da prática deste exercício. Entre historiadores a crítica não se limita às fontes (¿documentos¿), estendendo-se também aos seus pares produtores da escrita da história, cada qual com seus preferenciais teórico-metodológicos, postuladores de um objeto concreto ou abstrato na História. Diante deste contexto, os intelectuais da história se digladiam cognitivamente um diante ao outro, mas vacilam por vezes ao não admitirem serem também objetos das mesmas críticas que produzem sobre o conhecimento.