Este livro investiga a relação entre os trabalhadores indígenas urbanos na Cidade da Guatemala e organizações do Movimento Maia no contexto pós-conflito. Identifica os aspectos chave das exigências dos trabalhadores indígenas e a sua participação em organizações maias, bem como em organizações de Trabalho de Mercado. Se os movimentos sociais já não têm ligação com a base e, portanto, já não podem representar pessoas comuns, então tal representação e canalização de reivindicações deve ser feita pelas organizações da sociedade civil. Assim, o presente trabalho parte da premissa de que pode ser possível encontrar uma lacuna entre o discurso do Movimento Maia e as suas bases. As exigências específicas dos trabalhadores indígenas urbanos podem não ser incluídas nos objectivos das organizações maias. O argumento principal é que as exigências dos trabalhadores indígenas não estão relacionadas com a etnicidade, mas sim com a sua condição de trabalhadores. Uma análise das entrevistas revela que as reivindicações dos trabalhadores indígenas são simultaneamente étnicas e laborais, pelo que as organizações maias, como forma de promover uma paz sustentável, devem incluir ambos os tipos de reivindicações e encorajar identidades inclusivas.