O noroeste da República Centro-Africana, uma área situada entre 3°45' e 8°35' N, registou uma variabilidade significativa da precipitação entre 1960 e 1990. Para estudar estas flutuações e identificar tendências, uma série temporal em vários passos de tempo entre 1951 e 2000 foi sujeita a testes estatísticos para detetar quebras de estacionariedade. A variabilidade espácio-temporal do parâmetro estudado foi caracterizada e foram destacadas tendências de precipitação significativamente negativas. Os resultados da análise revelam alternância de períodos húmidos e secos com défices de precipitação muito acentuados. Foi confirmada uma diminuição gradual da precipitação, uma precipitação mais irregular e uma estação húmida mais curta. Os fenómenos meteorológicos extremos (inundações e secas) são cada vez mais frequentes, com consequências devastadoras para os ecossistemas naturais e humanos. Estas flutuações da precipitação contribuíram para enfraquecer o ambiente natural já antropizado. As vulnerabilidades analisadas representam desafios importantes para uma gestão ambiental eficiente.