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Este trabalho estuda a produção musical dos sambistas que faziam parte do grupo que ficou conhecido como ¿pessoal do Estáciö, criadores da Deixa Falar, considerada a primeira escola de samba no Rio de Janeiro, fundada no ano de 1928, e responsáveis pela modificação rítmica e temática do samba no fim da década de 1920. Utilizando-se da idéia de formação de uma ¿esfera pública popular¿ almejamos demonstrar de que forma essas transformações, fundamentais para a demarcação do samba como gênero musical urbano, estiveram intrinsecamente vinculadas às formas de organização e sociabilidade das classes…mehr

Produktbeschreibung
Este trabalho estuda a produção musical dos sambistas que faziam parte do grupo que ficou conhecido como ¿pessoal do Estáciö, criadores da Deixa Falar, considerada a primeira escola de samba no Rio de Janeiro, fundada no ano de 1928, e responsáveis pela modificação rítmica e temática do samba no fim da década de 1920. Utilizando-se da idéia de formação de uma ¿esfera pública popular¿ almejamos demonstrar de que forma essas transformações, fundamentais para a demarcação do samba como gênero musical urbano, estiveram intrinsecamente vinculadas às formas de organização e sociabilidade das classes não burguesas do Brasil republicano. Desta forma, a análise da formação do samba como gênero musical passa por uma interpretação do significado de diversas práticas dentro dessa esfera pública, tais como formas de religiosidade, processo de profissionalização e relações de gênero, que apontam para uma visão de mundo das classes populares divergente à das classes dominantes.
Autorenporträt
Carlos Eduardo Amaral de Paiva é doutor em Ciências Sociais pela Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Araraquara. Professor de sociologia e pesquisador na área de sociologia da cultura e pensamento social brasileiro.