A maioria dos locais clandestinos de exploração de ouro identificados na Costa do Marfim estão localizados no norte do país. Apesar de todos os meios utilizados pelo Estado para pôr fim a esta prática, ela continua a ser encorajada pelos actores locais. A mina Fodio, explorada por imigrantes, demonstra a capacidade da mineração artesanal para provocar uma recomposição sócio-espacial nas zonas rurais num contexto marcado pela subida do preço do ouro no mercado internacional. Esta actividade levou a profundas mudanças socio-espaciais e económicas, marcadas por um aumento do rendimento, a modernização da habitação rural e a adopção gradual de um estilo de vida para-urbano. No entanto, estas actividades clandestinas e mal supervisionadas de exploração de ouro constituem uma ameaça à segurança alimentar, sanitária e ambiental das populações rurais. A exploração do ouro permitiu à localidade de Fodio experimentar um crescimento espacial, económico e demográfico, que tem sido fortemente alimentado por uma forte migração estrangeira. O encerramento deste site, no contexto da luta do Estado contra a exploração ilegal do ouro, põe fim a um boom económico.