Para nunca mais ser escravo
Poemas inéditos
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Neste canto, tudo é diferente: Uns gritam, outros resmungam e há até quem desafine, mas todo o mundo canta. Imagine que temos até "O Galo"; o "menino" de Nha Piga que quis ser padre, o filho do qual Tarrafal tem saudades. Aqui tudo acontece com decência e com isso ninguém brinca. Quando a desgraça estiver à espreita, o tempo tinge-se, as crianças param de brincar, o vulcão desaparece, enquanto os mais velhos rezam. Quando estiver pra chover, Graciosa "amarra a cabeça"! Mais um ano vem até nós, mais um Janeiro e mais um "Santo Amado". Nesta festa de Cabo Verde, Amaro, O Abade ajudo...
Neste canto, tudo é diferente: Uns gritam, outros resmungam e há até quem desafine, mas todo o mundo canta. Imagine que temos até "O Galo"; o "menino" de Nha Piga que quis ser padre, o filho do qual Tarrafal tem saudades. Aqui tudo acontece com decência e com isso ninguém brinca. Quando a desgraça estiver à espreita, o tempo tinge-se, as crianças param de brincar, o vulcão desaparece, enquanto os mais velhos rezam. Quando estiver pra chover, Graciosa "amarra a cabeça"! Mais um ano vem até nós, mais um Janeiro e mais um "Santo Amado". Nesta festa de Cabo Verde, Amaro, O Abade ajudou-me a pedir mais água. Aos meninos do poder que me ajudem a escalar até chegar ao topo do meu monte. O burro de carga que carregue como camelo de Faraó quem comigo lá quiser subir. Meu filho jamais roubará, pois ao visitante servirá e dele receberá carinho. Vamos à luta, neste canto; choro, pulo, moro e morro. Morto já estou! De paixão por esta gente que de ano em ano renova as esperanças em Deus e entrega seu destino nas mãos dos homens!
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