Neste trabalho analisam-se as representações sociais sobre o espanhol/língua estrangeira, construídas e partilhadas, via discurso, por alunos da rede pública cearense de ensino. Para tanto, delimita-se um campo associativo geral, constituído por lexias associadas ao termo indutor "língua espanhola", evocadas através de testes de associação livre de palavras, a partir do qual figura-se um núcleo central das representações sobre o objeto investigado, evidenciando-as, portanto. A pesquisa baseia-se, sobretudo, nos trabalhos de Moscovici (1978, 2003), Abric (1994, 1994a, 1994b, 2001), Doise (1992), Jodelet (2001), Harré (2001) e Sá (1996, 1998, 2002), com relação à Teoria das Representações Sociais; em Saussure (2007), Vilela (1979), Pottier (1978) e van Dijk (2003), no tocante ao léxico; além dos documentos parametrizadores PCNEM (2000), OCEM (2006) e REM-Seduc/CE (2008), no caso das discussões sobre ensino e aprendizagem de língua. A análise evidenciou que as representações não só orientam atitudes e percepções sobre a língua, se constituindo como um fator condicionante da aprendizagem, como também o inverso é verdadeiro.